quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Relacionamentos - Resposta a Valéria

Valéria, permita-me fazer "um gancho" no seu belo texto: "Pequenas coisinhas...sobre relacionamentos... simplesmente complicados", postado no seu Blog: "Com toda a minha alma" (http://comtodaaminhaalma.blogspot.com/)  em 13 de setembro de 2010. Eu ia fazer somente um comentário, no seu Blog, mas como percebi que ficaria enorme, resolvi por essa opção.




Eu vejo que a maior dificuldade de nós seres humanos é no que diz respeito a relacionamentos (seja ele homem – mulher, ou qualquer outro), tanto que se observarmos, na Bíblia Sagrada, no Novo Testamento, a maior preocupação de Jesus Cristo, não era com a doutrinação, e sim com relação a esse tema: BONS RELACIONAMENTOS.

Vou me ater ao relacionamento homem – mulher, para expor melhor o que eu penso a respeito disso.

Temos que levar em conta alguns fatores, que julgo importantes, nesse tipo de relação. Primeiro: são duas pessoas do sexo oposto, "regidas" por hormônios diferentes; segundo: são duas pessoas que foram criadas por pais diferentes e em lares diferentes (em muitos casos, com parâmetros de criações bem distintas); terceiro: são pessoas que conviveram com pessoas diferentes (pais, irmãos, tios, amigos, etc); quarto: são duas pessoas que tiveram experiências diferentes; quinto: muitas vezes, têm inteligências diferentes, níveis de inteligências e culturais diferentes e por vezes, até graus de instruções diferentes; sexto: podem ser de gerações diferentes, com senso comum diferente...e por aí vai...

De repente, essas duas pessoas se encontram, se apaixonam e resolvem compartilhar uma vida em comum (seja morando juntos ou não). Daí, todos os fatores que citei anteriormente, e muitos outros que não citei, têm que ser conciliados, equacionados e harmonizados. Eu não vejo isso como uma tarefa tão simples.

A partir deste ponto, eu entendo que, para que se tenha um relacionamento duradouro, saudável e prazeroso, há necessidade do casal, buscar algumas negociações, pois não serão mais uma pessoas isolada e se "dois – em - um", ou como se ouve muito nos casamentos, o casal passa a ser "um único corpo".

Como toda boa negociação justa, eu vejo que os dois interessados, devem estar abertos a cederem aqui e/ou acolá, nessa e/ou naquela situação, para o bem comum. E aí, não tem fórmula do bolo.

Eu não vejo com bons olhos a rotulação do tipo: "homem não gosta disso" ou "mulher não gosta daquilo", "homem gosta assim e mulher gosta de outra maneira". Cada caso é um caso e deve ser tratado de forma diferente, como toda e qualquer relação humana.

Eu não creio na frase de que "os opostos se atraem". Isso vale bem para a física, mas não para os relacionamentos (e aqui, arrisco-me a generalizar... todos os relacionamentos).

Procuramos, de uma forma ou de outra, nos relacionarmos com pessoas que gostam das mesmas coisas que a gente, que compartilham de idéias semelhantes, que gostam de freqüentar ambientes parecidos etc. Ou seja, queremos alguém que se pareça conosco.

Como nem todos os fatores citados acima, nem sempre serão comuns aos dois, então entra outra coisa muito importante: o respeito mútuo as diferenças individuais (devemos pesar: eu consigo ou não conviver com essas diferenças?). Há que se respeitar às limitações que cada um tem.

Outra coisa que eu julgo importante é a sinceridade, principalmente, no início do relacionamento. Mascarar traços da sua personalidade, eu não acho uma boa pedida. Isso só trará problemas futuros, porque ninguém consegue viver bem, tendo que fingir ser o que não é. Não tem nada melhor do que podermos ser o que somos e como somos.

Assim, se eu sou ciumento, devo dizer: sou ciumento. Se eu sou pegajoso, devo dizer: sou pegajoso. Se eu gostaria de morar em casas separadas, é isso que eu devo deixar claro, e assim por diante.

Certa vez, eu ouvi um palestrante dizer, que "o maior equívoco do casamento é que muitas mulheres se casam, achando que depois irão conseguir mudar os seus maridos; e os muitos homens se casam, achando que as suas esposas não irão mudar nunca".

4 comentários:

  1. Kilson,
    Concordo com várias coisas das que vc citou aqui.Não sei nada sobre casamento, pq nunca fui casada.O pouco que sei é com relação a estágios anteriores a isso: paquera, namoro, caso, rolo e afins.
    Tbem não acredito que duas pessoas muito diferentes consigam conviver juntas por muito tempo- especialmente se a diferença for sócio- cultural, se os graus de instrução de ambos forem muito distintos. Sempre digo que não acredito em relação, por ex, entre médica e marceneiro. Não digo que é impossível, que isso não existe, mas somente acho muito improvável e nunca vi isso dar certo .O casal tem que ter ' mais ou menos' o mesmo grau de instrução, senão uma hora as diferenças sócio- culturais vão pesar.E não é só ter instrução- há quem tenha instrução, faculdade, mestrado- mas permaneça mesmo assim sempre no mundinho de onde veio, que não quer evoluir culturalmente, nem aprender coisas novas.Aí tbem não dá.Como diz minha mãe, tem que ter " nível". Nivel de educação, instrução e de valores mais ou menos parecido com o seu.Só um diploma não dá ' nivel' a ninguém.
    Não acredito, assim como vc, em relacionamentos que começam com mentiras.Acredito, no entanto, que algumas coisas não precisam ser contadas, que ninguem precisa saber TUDO- ou saber coisas absolutamente desnecessárias que não contribuem em nada para a relação atual e que só machucam o outro( incluo nisso questões sobre passado sexual, detalhes excessivos sobre relações anteriores, etc)... enfim, que isso interessa?Além disso, só acredito que vc deva se abrir de verdade se a relação tem uma característica de compromisso, se for um namoro, noivado- pq em relações eventuais não vejo necessidade alguma de abrir a minha vida pro outro, de contar problemas, etc.
    Quanto mudar o comportamento depois de casado, bem, lembro de um dito popular que diz que " defeito não melhora com o casamento, só píora".. rsrsr então, nunca assumir um compromisso desse tipo achando que vc vai mudar o outro.
    H´tbem outro fator importante do qual esquecemos de falar: ter ou não ter filhos.Isso tem que ficar muito claro na hora que vc começa uma relação- às vezes um não quer, o outro quer.Sei não viu?? Não vejo como relações assim podem dar certo. Mais hora, menos hora, quem cedeu e abriu maõ do que queria( filhos- ter ou não ter), vai cobrar isso do outro na primeira briga... E filho é coisa séria, é pra se pensar se vc quer colocar no mundo.Se quiser, procure um parceiro que tbem queira, senão vai dar bode... rsrsrs.
    poderia comentar mais, mas vai ficar quase um posto novo, então coloquei aqui o que acho mais significativo.
    bjs!

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  2. Valéria, vc tocou num ponto importantíssimo: "TER OU NÃO TER FILHOS". Já vi muitas brigas e fins de relacionamentos, por esse motivo. Essa diferença dá bode, mesmo!!!
    Concordo com vc, que muita coisa do passado, não interessa a mais ninguém, além de que vivenciou ele, principalmente quando se trata de intimidade sexual.
    Bjs!

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  3. Kilson,

    Gostei muito da proposta do blog. E a cada dia acredito mais que os homens são tão sensíveis quanto as mulheres, mas por tradição e educação, tentam a todo custo abafá-la; ou simplesmente renegá-la por motivos meramente 'machoquísticos'.
    Acompanho seus comentários no 3x30, no qual sou leitora fiel, e claro, de 30 com carteirinha e tudo; e afirmo- nesse mar de liberdades, homens e mulheres querem se acorrentar e viver uma relação(no bom sentido,tá?!). O segredo, concordo, é aceitar que antes de ser 1, somos 2.

    Voltarei sempre.

    inté

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  4. Diu Mota, seja bem-vinda!
    Obrigado pelos comentários!
    Volte mesmo...rsrsrsrs
    Bjs

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