quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Quem nunca teve um psicopata de estimação?

Hoje eu estava lendo uma artigo (de PRISCILLA AURÉLIA), que falava sobre a personagem da novela "Passione", da Rede Globo, Clara (interpretada por Mariana Ximenes), que está vivendo um caso amoroso com Totó (interpretado por Tony Ramos).
Eu não sou muito "noveleiro", mas pelo pouco que vi dessa personagem, se trata de uma mulher bonita, articulada, inteligente, mas sobretudo dissimulada, que se faz de "boa moça", porém por trás, realiza as suas maldades, inclusive atentando contra a vida do personagem Totó.
Outro dia eu estava assistindo um programa que tratava do mesmo assunto e se referiam a estes tipos de pessoas, como a personagem Clara, como "FALSAS FOFAS".
Bem na reportagem que li hoje, tinha uma pergunta: mau-caráter?
Essa pergunta me remeteu a um livro que li recentemente: "Mentes Perigosas, o Psicopata Mora ao Lado", da escritora Ana Beatriz Barbosa Silva.
Ela descreve assim sobre a dificuldade de se identificar um psicopata: "Quando pensamos em psicopatia, logo nos vem à mente um sujeito com cara de mau, truculento, de aparência descuidada, pinta de assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo sem pestanejar! Isso é um grande equívoco!"
Num outro parágrafo a autora diz: "...os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem! Seus talentos teatrais e seu poder de convencimento são tão impressionantes que chegam a usar as pessoas com a única intenção de atingir os seus sórdidos objetivos. Tudo isso sem qualquer aviso prévio, em grande estilo, doa a quem doer."
Mais à frente ela completa: "Em casos extremos, os psicopatas matam a sangue-frio, com requintes de crueldade, sem medo e sem arrependimento. Porém, o que a sociedade desconhece é que os psicopatas, em sua grande maioria, não são assassinos e vivem como se fossem pessoas comuns. Eles podem arruinar empresas e famílias, provocar intrigas e destruir sonhos, mas não matam... Por serem charmosos e eloqüentes, "inteligentes", envolventes e sedutores, não costumam levantar a menor suspeita de quem realmente são."
A autora, ainda divide os psicopatas em três níveis de acordo com gravidade: leve, moderado e severo.
Bem...sejam "falsa fofas", sejam sociopatas, sejam psicopatas (em qualquer nível) ou qualquer outra "coisa", o fato é que estamos sempre sujeitos a sermos presas fáceis para esses tipos de pessoas, que sem nenhum remorso, escrúpulo ou peso na consciência (por não tê-la), se aproximam dando uma de "boazinha" ou de amiga, mas não passam sanguessugas, que precisam do sangue dos outros para sobreviverem.
Elas sugam a nossa energia; sugam a nossa vontade de viver; sugam a nossa auto-estima; destroem nossas famílias; roubam nossos empregos; pedem dinheiro emprestado (e nunca pagam); destroem as nossas amizades; não querem nunca dividir a conta num restaurante (estão sempre desprevenidas) etc
Cabe salientar que essas pessoas nos descartam com a mesma facilidade com que se aproximam da gente, quando percebem que não tem mais valia para os seus objetivos...quando percebem que não têm mais o que sugar. Nós somos apenas um meio para que elas atinjam seus objetivos escusos.
Desculpem-me por tanta transcrição, mas é que eu achei necessário para que, quem ainda não teve a oportunidade de ler esse livro se previna desse tipinho de gente.
Eu achei muito interessante e esclarecedor esse livro, principalmente porque não usa uma linguagem técnica e sim, bem acessível, para alguém como eu – leigo no assunto.
É impossível com o transcorrer da leitura dessa obra, a gente não identificar algumas pessoas psicopatas e/ou "falsas fofas" que passaram em nossas vidas e que talvez ainda conviva, nos mesmos ambientes que costumamos frequentar.
Como bem relata a autora de Mentes Perigosas: "Podemos encontrá-los disfarçados de religiosos, bons políticos, bons amantes, bons amigos. Visam apenas benefício próprio, almejam o poder e o status, engordam ilicitamente suas contas bancárias, são mentirosos contumazes, parasitas, chefes tiranos, pedófilos, líderes natos da maldade".
Quanto a mim, eu tive a infelicidade de conviver por muitos anos com uma pessoa assim e só depois de muitos anos é que pude perceber, que o psicopata estava o tempo todo ao meu lado.
E você? Já teve esse desprazer ou a infelicidade de conviver com alguém assim? Você já teve um psicopata de estimação?

PS: link do artigo - http://entretenimento.br.msn.com/famosos/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=25153968&page=0