Dia das crianças! Fico lembrando dos meus tempos de crianças, que no dia anterior ia dormir sonhando com o presente que os meus pais, com sacrifícios haviam comprado e logo ao amanhecer iam às nossas camas nos entregar, a mim e aos meus irmãos.
Não eram presentes caros, mas que para cada um de nós tinha um valor imensurável, pois sabíamos que eram dados com carinho e que procuravam atender as nossas ansiedades e necessidades pueris.
Fico imaginando as diversas festinhas para as crianças que estão acontecendo hoje na nossa cidade. Embora os brinquedos tenham evoluído tecnologicamente, mas as bicicletas, bolas de futebol e as bonecas ainda agradam a maioria dos pequenos.
Lembro-me de num desses dias, há algum tempo atrás está sorrindo com as minhas filhas, enquanto as ensinava a andar de bicicleta. Impossível não recordar o brilho nos olhinhos delas, primeiro de surpresa pelo tão sonhado presente, depois por poderem dar as primeiras pedalas.
É claro que elas caiam, mas estava eu com elas, ajudando a se levantarem, dando palavras de incentivos do tipo: "filha você é capaz! Você consegue! Não tenha medo de cair! O papai vai estar aqui com você!"
Elas iam ganhando cada vez mais confiança e iam aprendendo rápido, o que era motivo de muito orgulho para aquele pai bobo e coruja.
Elas aprenderam, mas hoje eu não estou mais com elas. Fico pensando em quantas quedas as minhas pequenas ainda terão e eu não estarei por perto para lhes estender a mão amiga e dar-lhes forças como outrora.
Hoje não poderei estar com elas. No máximo o que terei serão algumas poucas horas ao lado delas, mas no final do dia não poderei deitar com elas na cama e assistir aquele filme infantil "inédito" que vimos apenas umas mil e quinhentas vezes, comendo pipoca com brigadeiro e refrigerante. Não poderei beijá-las antes de irem dormir, depois de juntos fazermos as nossas orações.
E como me emocionava sempre ouvir as orações simples e eficazes da minha Renatinha. Como não lembrar do beijo "suave" da Silvaninha, que quase arrancava a minha bochecha? Como não lembrar os abraços de quebrar costelas da Renatinha, seguido de um "eu te amo papai!" e ainda prosseguia: "sonhe com os anjinhos!".
E como me emocionava sempre ouvir as orações simples e eficazes da minha Renatinha. Como não lembrar do beijo "suave" da Silvaninha, que quase arrancava a minha bochecha? Como não lembrar os abraços de quebrar costelas da Renatinha, seguido de um "eu te amo papai!" e ainda prosseguia: "sonhe com os anjinhos!".
Sim filhas eu sonhava com os anjinhos: anjinho Silvana e anjinho Renata.
Hoje o meu dia será vazio sem vocês ao meu lado, mas saibam que estarei ligado a vocês em pensamento e no coração.
Agradeço ao Pai Celestial pelo melhor e maior presente que já ganhei nesta vida: vocês, as minhas filhas amadas.
Perdoem-me, filhas, pela minha ausência com vocês. Perdoem-me pelas broncas que eu dava no intuito único de educá-las. Um dia eu sei que vocês me agradecerão até pelas vezes em que eu ficava por horas explicando o que era uma raiz, um prefixo e um sufixo de uma palavra, para que vocês entendessem como eram formadas as palavras, ou mesmo a origem dessa ou daquela palavra.
Obrigado filhas, por serem tão bem educadas, amáveis e bondosas não só comigo, mas com todos que as cercam. Obrigado pelo amor que vocês sempre me deram de forma tão espontânea.
Beijos do Papy, que tanto ama vocês e um Feliz Dia das Crianças!!!
(Kilson N. da Silva)