O termo sexting já existe no dicionário (the practice of sending sexual images or messages to someone’s mobile phone – a prática de envio de imagens sexuais e mensagens para o celular de alguém) e é uma junção dois termos em inglês: sex (sexo) com texting (envio de mensagens). Nada mais é que o compartilhamento, via celular, de textos ou imagens de cunho sexual, mas passou a englobar também conteúdo exposto na internet.
Esse tipo de prática era mais comum nos EUA e na Europa, mas vem crescendo, particularmente entre os adolescentes brasileiros.
Uma pesquisa feita com 2.525 crianças e adolescentes brasileiros em 2009, pela Safernet (ONG de defesa dos direitos humanos na internet), revelou que já naquela época 12% deles admitiram terem publicado fotos íntimas na internet (o estudo não se restringia a telefones celulares).
Em alguns casos os jovens se deixam filmar ou fotografar de livre vontade, noutras acontece sem o seu consentimento e até mesmo sem o seu conhecimento.
O que muitos desconhecem é que a sexting é um crime tipificado no artigo 241, do Estatuto da criança e do adolescente, mesmo que a pena ainda seja muito branda.
"Pena de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, para quem oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente." (Estatuto da criança e do adolescente).
Vale a pena lembrar que o Brasil tem mais de um telefone celular por habitante, e que cada vez mais os novos aparelhos vêm com recursos para tirar e enviar fotos e vídeos.
Outra coisa que não se pode olvidar é que depois de lançado na internet é quase impossível de se obter o controle desse material exposto.
Os pais devem estar atentos e informar aos seus filhos adolescentes do risco de se deixarem filmar ou fotografar em situações íntimas, mesmo que seja por pessoas consideradas de confiança (amigas, amigos, namoradas, namorados, etc), pois ninguém pode ter a certeza absoluta de onde irá parar esse material, que num futuro poderá ser até utilizado em sites de pedofilias.
Outra coisa importante que deve ser abordado pelos pais e educadores é que o jovem, pela própria natureza da idade e imaturidade, não pensa no futuro e se esquece de que um dia será um pai ou uma mãe, além de poder interferir na sua carreira pessoal e profissional, uma imagem negativa, publicada na rede mundial de computadores.
Esse problema de sexting tende a crescer com a expansão do Tablet, pois facilitará o envio de fotos e vídeo e é de fácil transporte.
Qualquer pessoa que veja conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adlescentes podem denunciar pelo site da safernet (http://www.safernet.org.br/site/denunciar) ou pode ir diretamente à polícia, não esquecendo de capturar o endereço eletrônico onde estava exposto o conteúdo ou copiar a tela do site.
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