sexta-feira, 4 de março de 2011

Estamos Satisfeitos?

No filme "Do Que as Mulheres Gostam", o personagem Nick (interpretado por Mel Gibson), um publicitário metido a machão, sofre um acidente no banheiro da sua casa, após cair numa banheira e logo depois cair um secador de cabelo, ligado na tomada.

Depois desse acidente ele desenvolve uma estranha habilidade de ouvir o que as mulheres pensam. Assim ele passa a saber, exatamente, o que elas querem. Quem me dera ter esse dom!

Fico imaginando como seria útil se todos que trabalham com pessoas pudessem ter essa habilidade. É claro que isso não é possível, mas se faz necessário a todos nós que trabalha com atendimento ao público, procurar ouvi-los e até instigá-los a falar o que realmente necessitam, para que possamos atendê-los da melhor maneira possível, nas suas expectativas e anseios, com o máximo de qualidade.

Isso vale também para o nosso ambiente de trabalho, uma vez que quando recebemos algumas tarefa dos nossos chefes, deveríamos tirar todas as dúvidas possíveis e de como ele espera que seja cumprida, prazos, objetivos, etc

Quando nas funções de chefia deveríamos também especificar e esmiuçar ao máximo o que desejamos dos nossos subordinados para que se evite o retrabalho (faz-desfaz-faz-desfaz), que gera desgaste físico, emocional, temporal e até no relacionamento interpessoal.

Cada vez mais, as instituições, como empresa particulares, têm se preocupado em saber o que o cliente precisa, o que quer comprar, como pretende pagar, etc. O mesmo, infelizmente nem sempre ou quase nunca acontece nas instituições públicas, onde o cliente tem que se contentar com o serviço que lhe é prestado (quando é prestado).

Também tenho visto pouco essa preocupação entre empregados e patrões, chefes e subordinados e vice-versa.

Não há mais espaço para os "se vira nos 30". Quem delega uma missão tem que se preocupar em repassar o máximo de informações e meios para quem vai cumpri-la e da mesma forma, o executante tem que “sugar” o máximo de informações disponíveis do seu chefe para que tudo transcorra da melhor maneira possível, com o menor custo de produção e com a melhor satisfação do cliente.

Entenda-se como cliente todos que se beneficiarão, direta ou indiretamente, com aquela tarefa, seja ele o usuário, os colegas de trabalho, o chefe, etc

Durante a fase de planejamento toda e qualquer sugestão deve ser bem vinda, mesma as mais absurdas. Lembre-se sempre que duas cabeças pensam melhor do que uma e que ninguém é o dono da verdade, independente de quem tem mais ou menos experiência, conhecimento ou grau de instrução.

Voltando ao filme, uma coisa que me chamou a atenção foi uma jovem arquivista, que vive isolada, com pensamentos suicidas e rejeitada pelo grupo. No fim do filme, ele consegue impedi-la de se suicidar, porque sente a falta dela, mas também porque ouvia os seus pensamentos negativistas e sabia como ela se sentia.

Quantos de nós sabemos o que se passa com os nossos subordinados fora dos muros da empresa? Quais as suas aflições? Quais os problemas que estão passando? O que tem enfrentado ao longo dos anos e até mesmo naquela semana? Qual o seu histórico familiar? Quantos de nós sabemos quem realmente são os nossos colaboradores?

Cada vez mais estamos nos esquecendo de que o Criador nos dotou de dois ouvidos, dois olhos e uma boca. Será que foi por acaso?

(Kilson N. da Silva)

3 comentários:

  1. Tudo feito pelo nosso Criador tem um propósito, uma razão. Nada é por acaso. Ele nunca erra...
    Com certeza não é possível, como o protagonista do filme, lermos os pensamentos das pessoas.Mas é possível sermos mais humanos, mais sensíveis para, assim, sairmos um pouco do nosso "mundinho" e entrarmos no mundo dos que nos rodeiam e percebermos, ao menos um terço, de seus anseios, necessidades, angústias...
    É possível nos preocuparmos não só com a nossa evolução social, como também com a dos nossos pares. Se fôssemos mais humanos, com certeza conseguiríamos evitar desordens de ordem moral como suicídios, vícios alcoólicos, delinqüência, etc. Chamo isso de civilidade. Esse compromisso do ser humano para com o próximo daria mais qualidade às relações de amizade ou amor, profissionais ou sociais, que mantemos, estabelecendo um intercâmbio de comunicação e valores, imprescindível tanto para
    nossa vida pessoal, quanto profissional.
    A arquivista do filme também me chamou muito a atenção...
    Parabéns pelo texto!
    E que bom que voltou a escrever!
    Beijos!

    ResponderExcluir
  2. Obrigado pelo comentário. A criação do ser humano é mesmo perfeita. Seria complicado se soubéssemos tudo que se passa na mente das outras pessoas, mas é interessante que a gente possa ouvir não só com os ouvidos, mas sentir além do que se ouve.
    Beijos

    ResponderExcluir
  3. sinceramente, não acho dificil tentar sacar o que o outro gostaria de ouvir ou receber. acho simples, é só vc se perguntar: " eu gostaria que vc fizessse o mesmo comigo?".... se a resposta for sim, vc tá no caminho certo...
    saber o que as mulheres querem??? acho tão simples, e infelizmente a maioria dos homens não sabe- só conheci um que entendeu o que eu queria... rsrrsr!!!( é tão mais simples e tão menos cheio de frescuras do que a maioria dos homens imaginam... kkk)... beijos;)))

    ResponderExcluir